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Tela para Peneira - Café: processo de beneficiamento


No Brasil, a qualidade do café é avaliada, principalmente, em função de duas classificações: por tipo e por bebida. Os principais critérios da avaliação por tipo são o aspecto e a quantidade de defeitos presentes em uma amostra de 300 gramas de café beneficiado. A classificação por tipo admite sete valores decrescentes, de 2 a 8, segundo a Tabela Oficial Brasileira de Classificação. Cada tipo corresponde a um maior ou menor número de defeitos, como grãos imperfeitos ou impurezas, contidos na amostra. Para a composição da tabela, tomou-se como padrão o grão preto, considerado o pior dos defeitos. Os demais, como os ardidos, as conchas, os brocados e os paus, são considerados secundários.

Tipos de café

·Café Gourmert- São aqueles cafés considerados mais raros e exclusivos, excelentes, que tem somente atributos de qualidades positivos, características únicas e marcantes. O café gourmert deve ser constituiddo unicamente com café arábica de bebida apenas mole, mole ou estritamente mole de tipos 2 a 4 (COB- Classificação Oficial Brasileira), com 0% de defeitos pretos, verdes e ardidos (PVA), pretos-verdes e fermentados. A torra, para melhor aproveitamento dessas raras características, deve ser moderadamente clara a moderadamente escura, podendo ser preparado preferencialmente em máquinas de café expresso. O café gourmert deve ser embalado a vácuo, com atmosfera inerte ou com válvula aromática.

·Café Superiores. São os produtos de qualidade reconhecidamente boa, acessíveis aos consumidores que a valorizam e que mantém a sua fidelidade à bebida. Os cafés superiores são aqueles constituídos de café arábica ou blendados com café robusta/conillon, com o limite de até 15% no blend, desde que limpos e de bebida dura a mole, que atendam aos requisitos de qualidade global de bebida. O café superior deve ser constituído de cafés tipos 2 a 6 COB, de bebida mole a dura, com um máximo de 10% de defeitos pretos, verdes e ardidos e ausência de grãos pretos-verdes e ou fermentados. Admite- se a utilização de grãos de safras antigas, robusta/conillon e de café verde- claros. Estes tipos de cafés devem ser embalados a vácuo ou com atmosfera inerte ou com válvula aromática.

·Cafés Tradicionais. Os cafés tradicionais são aqueles cafés produzidos a partir de blends de grãos que valorizam o equilíbrio entre a excelência da bebida e o sabor. Estão disponibilizados no mercado hoje, em embalagens tipo "almofada" ou fechadas no sistema de vácuo. Esse tipo de café deverá ser consumido no máximo até uma hora após seu preparo, evitando as perdas de aroma e sabor. Esta categoria deve ser constituída de cafés até tipo 8 COB, com um máximode 20% de defeitos pretos, verdes e ardidos e ausência de grãos pretos-verdes e fermentados, admitindo-se a utilização de grãos de safras passadas, robusta/conillon e café verde-claro, desde que o seu gosto não seja pronunciado e nem preponderante. Esta categoria não será certificada para café expresso, uma vez que esta composição só é compatível com a preparação por coador.

·Cafés Funcionais. São os produtos que fornecem algo mais além do prazer da bebida, contribuindo para o bem estar do consumidor e satisfazendo a sua necessidade de cuidados com a saúde. São os cafés descafeinados, vitaminados, orgânicos, enriquecidos, etc.

·Cafés Inovadores. São os produtos de uma nova geração tecnológica de produtos como os cappuccinos, os shakes, café com leite, cafés gelados enlatados, etc.


Peneira

A classificação oficial do café por peneira discrimina os grãos beneficiados pelas suas dimensões. Eles são separados e quantificados por peneiras de formas circulares e alongadas, designadas por números, divididos por 64. Cada número indica o tamanho dos furos, expressos em frações de polegadas. As peneiras de grãos chatos vão de 12 a 20 e as dos grãos mocas (arredondados) vão de 8 a 13.

Secagem em Terreiros

A secagem corresponde à fase complementar a todos os processos de preparo do café, sendo que método de secagem escolhido, com sua estrutura e manejo, tem efeito marcante nas determinações do índice de qualidade, nível de classificação e valor comercial do produto. Terreiro de chão batido ­ não é recomendável pois este tipo de terreiro além de ter menor rendimento de secagem, favorece a ocorrência de sujeiras e fermentações indesejáveis, originando um produto de má qualidade. Terreiro de piso revestido ­ Considera-se recomendável por proporcionar uma secagem mais eficiente, mais uniforme e com menos riscos de contaminação de impurezas e fermentações, garantindo um produto de melhor qualidade e com maior rendimento de secagem do que o terreiro de chão batido. Terreiro de tela suspensa ­ atualmente vem sendo muito recomendado, pois consiste de uma estrutura suspensa, que evita o contato do café com o solo, recebe maior aeração tanto por cima como por baixo, impede o ataque de microorganismos e garante um produto com secagem uniforme e de melhor qualidade. Além desses benefícios este tipo de terreiro proporciona maior redução de mão-de-obra, diminuição do tempo de secagem, é de construção simples, rápida e barata. O uso de cobertura com plástico translúcido é aconselhável nas regiões onde a colheita coincide com a época das chuvas.

Fonte: BSCA

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